terça-feira, setembro 20, 2005

A Praxe

Ora viva meus amigos. É um prazer estar de volta ao calor da vossa leitura!
Hoje falovos um pouco desse fenómeno que é a praxe e tudo aquilo que a envolve: os caloiros, os doutores, a vontade de humilhar, a estúpida alegria de ser humilhado.
Quando chega a meados de setembro, é possivel ver nas ruas das nossas maiores cidades vários seres parecidos com o Batman, que fazem questão de, apesar de ainda ser Verão e estar muito calor, vestirem camisa, colete, fato e gravata, e ainda (para aqueles que, como eu, não o sabem dobrar) o gabão pelas costas. E então poderão pensar, "foda-se... estes gajos são parvos, ou não têm nada para fazer na puta da vida?!". É um pouco dos dois... Admito que não se pode dizer que alguém que enfrenta 24 ou 25 graus vestido assim não está dotado de uma inteligência muito avançada. Mas são opções... E em democracia, sugeitamo-nos a isto...


Outras personagens interessantemente estúpidas são os caloiros... Os caloiros devem ser a invenção mais parva da vida académica (só superada por aqueles gajos que vão com 2 garrafões de água do Luso cheios com sangria para a Praça do Peixe em Aveiro).
Eu classifico os caloiros em 4 tipos:
  1. O caloiro falso
  2. O caloiro parvo
  3. O caloiro que tem a puta da mania
  4. A caloira boa como tudo

O caloiro falso é aquele caloiro que está sempre com um sorriso para o seu Doutor, mas que por dentro chama-lhe coisas que ele nem sonha, e só não o mata se não puder... Para além disso, inventa desculpas bem criativas para faltar a todas as praxes e mais algumas. Eu fui um caloiro falso.
O caloiro parvo, por seu lado, é o caloiro que, a meu ver, devia ser chicoteado e sodomisado pelo Bibi ou pelo Castelo Branco. É aquele caloiro que se voluntaria para tudo e se anda sempre a rir. Estas pessoas acabam por demorar o dobro do tempo a terminar os cursos... Este facto vem corroborar a minha tese que diz que este tipo de caloiros ou não sabem o que estão ali a fazer ou têm sérios e graves problemas mentais e psicológicos.
O caloiro que tem a puta da mania por vezes confunde-se com o caloiro parvo. Diferencia-los-ei já de seguida. O caloiro que tem a puta da mania, é aquele que para além de se voluntariar para tudo sai da praxe mais humilhate a rir para todos. Um pouco como aqueles putos a quem damos porrada intolerávelmente e sem dó nem piedade e no final eles dizem "não doeu!". Este tipo é capaz de levar o doutor á loucura (os que ainda não o são).
Por falar em levar doutores á loucura, temos ainda a caloira boa como tudo... Estas caloiras são aquelas pessoas parvas que se apaixonam pelos doutores, sem saber que ele não quer casar com elas e muito menos ter filhos... Ele quer é efectuar umas quantas penetrações, obter uns quantos serviços, que ela o ajude nas cadeiras que ele tem para trás e sobretudo que ela pague o máximo de cerveja possível! Este tipo de caloiras, geralmente não vem para o meu curso... :(

Para concluir digo-vos que este ano fui convidado para praxar a caloirada... A principio disse que não... Mas quando vi que tinha um caloiro chamado Muhamad Arshat Latif... Bem, isso mudou tudo :D

6 Comments:

At terça-feira, setembro 20, 2005 10:59:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

=)
praxes...
p'ro ano se correr bem! :D *

 
At terça-feira, setembro 20, 2005 11:16:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

eu não te aconselhava muito a praxar o Muhamad! e se ele kiser praxar caloiros no ano seguinte?

tenho impressão k não irá usar tintas mas talvez bombas! :x

 
At terça-feira, setembro 20, 2005 11:45:00 da tarde, Blogger Sérgio said...

Eu já falei em encoraja-lo a tornar-se martir e mandar a Universidade pelos ares :D:D:D:D

 
At quinta-feira, junho 19, 2008 3:23:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ola! hmm, interessantes opiniões sobre a praxe, parece-me que as tens por teres sido o caloiro "falso"... a faina em Aveiro tem como principal objectivo a integração do caloiro, é uma maneira de se ficarem a conhecer uns aos outros, de criar um grande espirito de união entre todos os membros da praxe (veteranos e caloiros) e de espirito académico (que acaba por se confundir com as outras coisas atrás). Ha cursos onde os caloiros chegam à semana do enterro e imploram para ser praxados! Pela tua discriçao da praxe, pareces ter sido aquele tipo de caloiros que nunca "enxeu" so por ver um colega a "enxer", isso sim, é espirito académico, portanto, ser "sodomizado pelo bibi"? talvez para quem nao tem espirito academico... desculpa estar a ser tao agressivo, tambem nao foste muito simpatico a falar de quem gosta das praxes! (para dobrares o gabão: consulta o codigo de faina, na salina VI acho eu! [sou assim tão sádico por o ter lido 2 vezes?]) saudações academicas, Tiago Gala

 
At quinta-feira, junho 19, 2008 3:51:00 da tarde, Blogger Sérgio said...

Sê agressivo à vontade... Faz bem à pele.

Quanto a aprender a dobrar o gabão e a consultar isso tudo que falaste, nunca o pude fazer... Estava mais ocupado a estudar para acabar o curso... Que por acaso já acabei... Por isso já é tarde para aprender a dobrar isso... :)

Diverte-te e não tenhas pressa em acabar o curso. A vida cá fora é uma selva... Deixa acabar a crise primeiro :D

 
At terça-feira, setembro 08, 2009 12:31:00 da tarde, Blogger joel said...

Sempre fui ás fainas académicas e nunca me senti humilhado...Confesso que foi bastante divertido, e sem elas teria demorado o triplo do tempo a conhecer o resto da malta do curso...È preciso é saber apreciar o espirito académico! Se foste um falso caloiro entao culpa dos teus veteranos que te deixaram trajar...

E o mito de demorar o dobro do tempo do curso só por participar na faina é completamente falso. O que acontece é que algumas pessoas tomam como desculpa a faina para se baldar ás aulas...È uma questao de consciencia e conciliaçao...

Abraço

 

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