quarta-feira, maio 03, 2006

O Apaixonado: esse animal...

Napoleão Bonaparte. um dos meus heróis de todos os tempos escreveu em resposta a uma carta que recebera o seguinte:
"Senti paixão nas suas palavras. E a paixão é uma coisa muito perigosa."
Fiquei incrédulo. Eu que na altura era um jovem, imagine-se, apaixonado pela vida e não só, fiquei a reflectir sobre aquelas palavras que li no livro "Arte da Guerra", uma colectânea de textos do mesmo autor.
Claro que as primeiras conclusões que tirei foi que Napoleão seria um energumeno que o que queria era por os espermatozoides no desemprego. Porém a mudança que o tempo operou na minha vida permitiu-me observar o que me rodeava e ver bem o bicho, infelizmente não raro, que é o apaixonado.
Para começar o apaixonado assim que o começa a ser entra na fase 1 a fase da negação.
O único e exclusivo tema de conversa é o objecto da paixão. E quando algum amigo diz: "Eh pah! Temos paixoneta!" Ele irrita e quase de pistola em punho grita: "QUEM EU?! LÁ TENHO VIDA PRA ISSO!!"
Depois, surge a fase 2 a fase do isolamento. O individuo está, mas não está... Fala-se pra ele, mas ele não ouve. Nesta fase o objecto de paixão já afectou irremediavelmte o cérebro do individuo em questão. Nos casos mais graves, começou também já a sugar o seu sangue e/ou o seu dinheiro.
A fase 3 (quanto a mim a mais deprimente) é a fase da aproximação definitiva. Nesta fase o sujeito rasteja, lambe botas (mesmo que sejam galochas de andar no estrume), faz o pino em cuecas no estádio do Jamor no intervalo da taça de Portugal se assim tiver de ser. Há casos em que chega a deitar-se de barriga para o ar junto do objecto da paixão, para que este(a) lhe faça festinhas na barriga com os pés, ou mesmo que o espesinhe se for o caso.
A fase 4 pode ter duas vias. A via 1 em que o sujeito é rejeitado, entra em depressão e salta da ponte. Ou a via 2 em que ele entra em extâse por saber que não é uma "pilha de bosta de merda" passando então a ser um puta de um maniento, rejeitando os antigos amigos, passando a ser o "bocado de terra" do objecto da paixão.
Estarais vós, humilde público (3 ou 4 pessoas mais 1 ou 2 que aqui tenham vindo parar sem querer), a pensar "Que piada tem isto?"
E eu respondo: Nenhuma! É a ideia... É apenas a análise racional e sintética de uma situação irracional.
Estareis também a pensar: "Frustrado de merda"
E digo eu: "Tá bem, não nego... Mas vós estais a ler este blog parvo e perdeis então a razão toda..."

Para finalizar citarei de novo Napoleão:
"O amor faz mais mal do que bem"

(não liguem não ando de todo bem... o meu pai quer-me levar ao médico mas eu não deixo, fecho-me no quarto agarrado ao meu Bollycao e ao meu "Adolfo", o meu ursinho de peluche do Real Clube Nogueirense... Para entenderem o quão deprimente consigoser nestas alturas, quero que saibam também que estou a ouvir Amália Rodrigues...)

3 Comments:

At quinta-feira, maio 04, 2006 11:23:00 da manhã, Blogger Pelicano said...

"cuecas" e não "quecas".
"o amor faz mais mal do que bem" ou será a falta dele que faz mais mal do que bem?
A julgar pelo conteudo do texto (aquele que já teve o nick de prepotente, a escrever sobre o amor!haha), claramente que escolho a segunda hipotese.
Os meus amigos,até mesmo os mais antigos, nunca se queixaram...
E toda a gente sabe que napoleão não tinha jeito com as mulheres.

 
At quinta-feira, maio 04, 2006 11:37:00 da manhã, Blogger António said...

Só uma dúvida?

Napoleão não foi aquele gajo tipo Hitler cento e tal anos antes, que invadio Portugal?

 
At quinta-feira, maio 04, 2006 12:27:00 da tarde, Blogger Sérgio said...

isso é subjectivo.. ms como uma vez um amigo meu disse, o google serve para tudo... faz umas pesquisas e decide tu mesmo... Pessoalmente acho que é uma comparação que muita gente faz mas que carece de consistência...

 

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